sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Setembro

Abandonar esta forma de ser, seria um alento
De fato, a metamorfose consome minhas idéias e ideais
Sou a inconstância de meus pensamentos incessantes

Tal qual a intempestividade das velas hasteadas

Minha teimosia, fruto dessa insistência irresponsável
Dá asas ao desassossego
Afinal, de que vale toda essa razão
Viver numa incansável fuga

Por fim, resta-me a solidão de estar só
Para então contemplar as reais possibilidades
De ser um alguém qualquer que não eu

Veja só, onde vim parar

Sim, a chegada do sonho se fez atemporal, também acreditei
De certo, foste o maior incentivo para minha chegada até aqui
De outra forma estaria vivendo mais do mesmo

Quem é que tem a certeza, de que na certa ao final dará certo?
Resta-me a vontade de sair mundo afora
A fim de preencher o vazio que me foi dado
Pelas ilusões da tão sonhada felicidade

Haveria ainda tempo para aprender depressa
A arte de não ser demasiadamente inoportuna
Não por capricho, obsessão, apenas singelo anseio

Para então chegar, sem mais

Não vou parar de caminhar
Essa busca é tudo o que tenho
Haverá sempre uma nova forma de olhar
Para o que ainda hei de contemplar
Sem jamais deixar de registrar
Que o que vivi nunca há de me deixar

Ademais, sigo em frente
Levando comigo uma paz aparente
De que o caminho me trará a resposta

Pode ser até de que um dia, sim, evidentemente
Junto de ti, fui muito mais contente

Mas as palavras não me cabem mais
Depois de toda divagação
Eis-me aqui

A vida nos espera

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