sábado, 16 de outubro de 2010

Perto demais




Percorrendo as ruas dessa cidade, deparo-me com a pressa de indivíduos apressados em alternar as cores do semáforo, contrapondo o meu desejo de manter o sinal vermelho por algum tempo, sem pressa.

Então, o trânsito dispara, ao encontro de novos cruzamentos e alternativas, disputando algum espaço, aptos a prosseguir.

Nessa saga de seres transitáveis, sobressai à mágica que entrelaça o destino das pessoas, então penso em desvendar, tais emaranhados de histórias e existências notáveis.

Chego à conclusão de que poderia dar outra forma à minha própria existência, pelo desejo de despertar, após a partida da tempestade que em mim ameaçou fazer morada.

Não estou à procura de álibis, argumentos para os demais
Quero apenas me convencer, a mais ninguém
De que aquele amanhecer, não foi para sempre

Pessoas cruzam o meu caminho
Tento não deixar de observá-las
Percebo que elas constroem lugares que não alcanço

Então por aí, enquanto você vive, estou à espera de alguma vaga idéia.
Darás formas famigeradas ao ser poeta
Consumirá desse mundo, passando adiante
Quem é que precisa preparar uma avenida
Para toda essa pompa passar

Seja tal qual o saltimbanco eloqüente
Expressando toda proeza e praticidade de ser
Mostre como é que se faz, quando se quer viver

Até que alguém pegue em suas mãos garota
E permita a recriação de você mesma

Abandonando o desassossego de ser, para encarar a perda das coisas boas que deixaste no caminho, sem a idéia de pensar que estarás sempre por aqui.

Toda vida é feita de experiências diárias, baseadas em decisões possivelmente erradas.

Já houve um tempo precioso, agora já são outros
Afrouxemos o ego

Afinal, a distância para se chegar aonde se quer é restrita ao passo
Que torna-se infinito enquanto não cessa
E para quem vive de encarar qualquer estrada aberta
Torna-se maldito aquele que prende o passo
Caminhemos

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