La pasajera
domingo, 15 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
De quem é o olhar
De quem é o olhar
Que espreita por meus olhos ?
Quando penso que vejo,
Quem continua vendo
Enquanto estou pensando ?
Por que caminhos seguem,
Não os meus tristes passos,
Mas a realidade
De eu ter passos comigo ?
Às vezes, na penumbra
Do meu quarto, quando eu
Por mim próprio mesmo
Em alma mal existo,
{Toma um outro sentido
Em mim o Universo -
É uma nódoa esbatida
De eu ser consciente sobre
Minha idéia das coisas.}
Se acenderem as velas
E não houver apenas
A vaga luz de fora -
Não sei que candeeiro
Aceso onde na rua -
Terei foscos desejos
De nunca haver mais nada
No Universo e na Vida
De que o obscuro momento
Que é minha vida agora!
Um momento afluente
Dum rio sempre a ir
Esquecer-se de ser,
Espaço misterioso
Entre espaços desertos
Cujo sentido é nulo
E sem ser nada a nada.
E assim a hora passa
Metafisicamente.
{Fernando Pessoa}
quarta-feira, 2 de maio de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Pinceladas de cores rasgando o céu
Belo tucano livre no Jardim Botânico de Bauru/SP. Haviam dois Tucanos, percebi a presença deles enquanto voavam, pareciam pinceladas de cores rasgando o céu., a photo by crisqpimenta on Flickr.
Belo tucano livre no Jardim Botânico de Bauru/SP. Haviam dois Tucanos, percebi a presença deles enquanto voavam.
Pareciam pinceladas de cores rasgando o céu.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Caminho do mar
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Saudade
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Entre dois
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Eterna novidade
sábado, 16 de abril de 2011
Momento
Estalado, quintessenciado;
Desdobra-se o silêncio violado.
Inusitado, aquebrantado;
Põe ação, faz-se animar.
O MOVIMENTO
Transportando correntes
Carreadas de eletricidade
Esvaem pelos ares
Ondas infinitesimais.
O LUGAR
Não tenho medo de estar,
Tampouco de permanecer
(Solto)
Denso pela estrada,
Num caminho destroçado
Num adiante empedernido,
Quê sou eu amanhã?
EU?
Indefinições e possibilidades
Suplantador de ideais
Eu sou, tu és
ÉS
Aquilo que desfruto,
Num vintém de amanhãs.
És meu espelho,
Minha redenção.
Bruno Emmanuel Sanches & Cristiane Queiroz Pimenta
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Liberdade
Pela vivência efêmera pululam oportunidades, tais como ficar ou partir, abraçar ou desvencilhar os braços perante as visões que alimentam sonhos e vontades cotidianas.
Talvez o desejo ocaso de experimentar ser um outro alguém qualquer, pela impetuosa vontade de provar novas histórias, destinos paralelos, sem que fosse preciso recomeçar, apenas reinventar o que já se possuí.
Mas diante tais impossibilidades, estendo um olhar sobre este horizonte tecido por vivências esparsas e resta-me a vontade de desvendar, fazer parte dessas diversas histórias, repletas de encontros e desencontros.
Ser livre para ser autêntico? Ser livre para ser você mesmo? É de minha escolha como será esta caminhada, ciente de que é preciso apenas ter um pouco de cautela para não esquecer dos detalhes simples, das necessidades essenciais, do encanto por aquilo que à ninguém pertence e que cresce radiante, todavia, sendo irremediavelmente fiel aos que fazem parte dessa história.
Lembrando que o inesperado esta sempre à espreita, tal qual uma surpresa conveniente, dando sempre um novo sentido ao que possuímos, a este “sonho louco que é viver”.Por Cristiane Queiroz Pimenta
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Afazeres
Dos afazeres necessários
Dispendiosos e ordinários
Esta na ordem do dia
Protelar por bagatela
Meros afazeres sumários
Pura meritocracia designada
Sem deméritos
É a real, de fato
Manifesta bajulação aristocrata
Assim, tenho dito
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Afinal
Sigo teus passos
Amanhã, através do tempo
Farei dele meu compasso
E o amor há de estar aqui
Eis que esta canção surgiu
Quase sem querer
Afinal, te encontrei
Quando estava prestes à perder
Haveria merecimento?
Para tanto contentamento?
Entretanto, imagino
Que a felicidade a gente é que sabe
Nunca se é tarde
Sigo a te acompanhar
E caso preciso for
Irei sem duvidar
Para qualquer lugar
És o meu caminho
Afinal, somos pensamento à caminho do mar.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Sobre você
Meu amor
Rega-me de alegria
Queria cantar-te
Toda paz que faz brotar aqui dentro
Ilumina meus sonhos
Enquanto escrevo o nosso mundo
Conte-me querido
O que te faz querer cantar
Os sonhos que te alimentam a alma
Fale-me sobre o frescor das noites enluaradas
Sobre as primaveras ensolaradas
Sobre as delícias de caminhos deslumbrados
Sobre as minúcias de quem observa o mundo
Encantamentos, amores, pesares
Cante a diversão que te contagia
Sobre o amor para uma vida toda
Quero descobrir a melhor receita
Àquela que lhe dê água na boca
Que aumente o encanto dos momentos
Tempere e adoce nossa euforia
A vida contrapõe ao inesperado
O inesperado complementa o desejo
De fazer surgir o início dessa canção
Quero lhe contar como cheguei até aqui
Sobre o seu desvendar diante meus olhos
Quero compartilhar as músicas, as minúcias
Do nosso existir
Fui conquistada pelo seu olhar sincero
Me rendi ao desejo de ser envolvida por seus braços
Quero ser surpresa, enquanto sou surpreendida
Me perco e encontro, em pensamentos que são seus
Sem mais distâncias enquanto vivemos, cotidianos
Encontro nas palavras, a inspiração do nós
Acreditando ser possível cantar toda poesia que nos envolve
Afinal, fui encontrada por você no meio dessa multidão
Assim, sem mais desencontros
Desejo ser sua, para todo o sempre
Quero viver essa história, descaradamente
Para chegar simplesmente sem improviso e por inteiro
Quero ser aquela saudade deliciosa
Dormir sob teu olhar inspirador
Que me faz transbordar sentimentos perfumados
Que nossa música seja tal qual um samba da eterna alegria
Quero traduzir noss´alma
Desdobrando versos intermináveis
Sem faz de conta
Sem olvidar
Conte-me das estrelas que admirou
Das pessoas pelas quais se apaixonou
Cante-me toda a beleza que há em seu olhar
Como se só ela existisse, querido
Sobre algum gesto que te fez parar, pensar
Sobre tudo por que sente encanto
Para que não abandonemos o olhar inocente
Sobre as coisas simples
Mas tão repletas que estão à nossa frente
Conte-me sobre o que te fez sorrir, chorar
Sobre o futuro que imagina
Sobre seus sonhos de quando criança
Sobre seus irmãos de alma
Sobre toda a verdade que é sua
Sobre o seu caminho, suas conquistas
Falaremos sobre alegrias repletas de riso
Quero temperar a nossa história
Vamos sonhar, construir, arquitetar, vivenciar
Dividiremos as dificuldades e tombos
Com olhar de quem sabe que talvez fosse realmente preciso
Sobre o amor e suas surpresas
Quando descobrimos que a resposta estava em nós
Nós somos os arquitetos desta construção
Onde só o tempo irá mostrar onde iremos desaguar
Compartilhemos todo receio e toda certeza
Sem meios termos, sem ensaios
Que sejamos inteiros
Que haja sempre a troca
De confidências, olhares, significados
Quero contar sobre mim
Quero ousar para reinventar o tempo que nos é dado
Somos a resposta
Para o que a vida nos traz
Sobre as minúcias e grandezas de quem ama
Por ora, estamos convencidos
Sobre o caminho que queremos trilhar
Sem mais demora, querido
Sigo o caminho de seus braços
Quero a simplicidade das coisas
O encanto das descobertas
Quero cantar-lhe o samba de meu coração
Deixar meus olhos descansarem sob os seus
Até ver brotar aquele brilhante riso no seu olhar
Vamos conversar, trocar silêncios
Sem jamais cansar
Afinal, sabemos que há coisas que não precisam ser ditas...
Canções
Partimos rumo à viagem
Apressando os passos em direção ao despertar
Seguimos o caminho de seus braços
Para então ver o dia se condensar
Abra os olhos para ver o que te faz querer sonhar
Esse sonho de viver, amar, dar cores
Veja, surgirão novas cores na paleta do existir
Quero viver tal qual o artista
Que com toda calma, alma
Sente, expressa, faz circular o amor
Transparecer a união lúcida, nítida
Do ser e existir
Do amar e permanecer
Fazendo esvair pelos ares
Ondas encantadoras
Da música que dança
Por entre as cordas de seu violão
A mágica de suas canções nos faz sentir
Nós ouvintes somos convertidos pelo encanto
Dominados por sensações semeadas em nosso ser
Transportemos a magia das canções
Canções que descrevem nosso viver
Unindo amores, estreitando laços
Dando novos ares, ao amor, ao viver
Ah...a música!
Chegando de algum lugar
O canto de quem sabe cantar o viver
Ouço com todo o encanto
Nunca ei, de me cansar e sentir
O que toda boa música nos faz, traz
Aquele músico abraçado ao violão
Já me fez chorar
Lágrimas de tristeza e alegria
Todavia, mantenho olhos e ouvidos à espreita
Daquele que canta
Canções que são seu maior bem-querer
Diante de uma praça ladrilhada por paralelepípedos
Espalhou sementes pelo ar
No espaço que com sua música, fez girar
Traçando novas linhas, dando novas cores
Com sua presença atemporal
E canções de caminhos deslumbrados
Compartilhando sua arte inspiradora
Para com os seus
Afinal, restou a certeza cantada
De que todo dia é dia de aprender
Do muito que a música nos traz
Em recordação ao show inesquecível do Paulinho Moska, que recebeu à mim e meu amor de forma encantadora!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Vênus (Paulinho Moska)
Composição: Paulinho Moska
Quando a sua voz me falou: vamos
Eu vi deus sentado em seu trono: vênus
A religião que nós dois inventamos
Merece um definitivo talvez... pelo menos
Perceba que o que me configura
É sempre essa beleza
Que jorra do seu jeito de olhar
Do seu jeito de dar amor
Me dar amor
Não te dei nada que seja impuro
No futuro também vai ser assim
Se hoje amanheceu um dia escuro
Foi porque capturei o sol pra mim
Perceba que o que te configura
É sempre essa beleza
Que jorra do meu jeito de olhar
Do meu jeito de dar amor
Te dar amor
Perceba que o que nos configura
É sempre essa beleza
Que jorra do nosso jeito de olhar
Nosso jeito de dar amor
Nos dar amor
Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta?
O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor e não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.